Timbirupá se passa em dois dias de outubro de 1930, momento em que Getúlio Vargas está a caminho do Rio de Janeiro – então capital federal – para tomar o poder. Mas a revolução é só pano de fundo. A narrativa mostra o cotidiano dessa cidadezinha, localizada em região remota do Brasil. Naquele curto espaço de tempo, ocorrem dois assassinatos, um tornado, e uma catástrofe dantesca.
Para quem não sabe, timbirupá é o nome de um arbusto em extinção encontrado em regiões áridas do Brasil. Na língua dos Yatukuwés, timbirupá significa “punho cerrado do mau” ou “punho fechado do diabo”. O pequeno município é caracterizado pelo calor e pela areia que ameaça devorá-lo. Timbirupá é banhada pelo Rio Kawe-poru, de águas traiçoeiras e misteriosas, onde se oculta o mítico coiteté, conhecido como o “vampiro dos rios”. Sua carne é saborosa e, segundo a tradição indígena, é um peixe que anda. Pelos céus de Timbirupá circula o mugum-três-cores, também em extinção. De plumagem negra e piado desagradável, é tida como ave de mau agouro, capaz de antecipar tragédias.
O livro conta com ilustrações de Beto Soares e passou por leitura crítica do professor de Escrita Criativa e Teoria da Literatura na PUC/RS, Luís Roberto Amabile.
Para o escritor Sinval Medina, no romance, “a personagem principal é Timbirupá, em torno da qual gravitam as figuras envolvidas na trama, sem que nenhuma ganhe relevo sobre as demais. A pequena comunidade é um verdadeiro caldeirão do diabo fervilhante de paixões, traições, superstições, violências, truculências e demais baixarias que permeiam as relações humanas.”
A professora Regina Zilberman destaca que, com escrita muito mais enxuta, aguda e dinâmica, “a obra alinha-se, de certo modo, ao que Erico Verissimo alcançou em Incidente em Antares e Josué Guimarães em Os tambores silenciosos, ao criar uma comunidade imaginária que alegoriza nosso país”.
Já Luís Bueno, doutor em Teoria e História Literária pela Unicamp, classifica como “admirável” a fluência narrativa de Luís Dill em Timbirupá.

Serviço
Livro: Timbirupá
Autor: Luís Dill
Editora Casa 29
Gênero: romance
Público: adulto
Capa e ilustrações: Beto Soares
Formato: 14 x 21 (capa dura)
Páginas: 232
Preço: R$ 50,00
ISBN: 978-65-990011-0-9
Lançamento: 29/12/2020, terça-feira.
Local: no perfil do autor no Facebook
Horário: A partir das 19h
Contatos com o autor:
(51) 991 69 58 98 | luisdill@uol.com.br
Editora Casa Vinte e Nove
Sobre o autor: Luís Dill nasceu em Porto Alegre em abril de 1965. É formado em Jornalismo pela PUC/RS e tem Pós-graduação lato sensu em Literatura Brasileira. Como escritor estreou em 1990 e, com Timbirupá, chega aos sessenta livros publicados. Entre suas premiações estão o Açorianos de Literatura e o Biblioteca Nacional. Alguns de seus títulos já foram adquiridos por governos municipais, estaduais e federal. Vários receberam o selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e fazem parte de seu acervo básico. Em sua atividade de escritor, participa de feiras do livro e de variados tipos de encontros com leitores em escolas e universidades. Pela Editora Casa 29 tem Minha camisa amarela de flanela, Guri do cimento e 100 mil seguidores (finalista do Prêmio Jabuti de Literatura 2020).
www.luisdill.com.br
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