O Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, recebe de 2 de dezembro a 21 de dezembro, o espetáculo “Pá de Cal (Ray-lux)”, dramaturgia inédita do premiado autor Jô Bilac, direção de Paulo Verlings, realização da Cia Teatro Independente, com Carolina Pismel, Isaac Bernat, Orlando Caldeira, Pedro Henrique França e Ruth Mariana no elenco. O projeto tem patrocínio do Banco do Brasil por meio da Lei de Incentivo Federal. As representações acontecem de quinta a sábado, às 18h, e domingo, às 17h. Os ingressos estão à venda exclusivamente pela internet: www.eventim.com.br
A trama de “Pá de Cal (Ray-lux)” parte da morte de um personagem central, ou seja, ele está ausente. O mesmo acontece com suas irmãs que mandam representantes para a reunião “familiar” na qual irá se definir o destino do pai dessa família e também o destino da mãe do morto (uma ex empregada da família), que também manda um representante legal. O morto também é representado por uma pessoa com quem conviveu em terras estrangeiras. Além de uma morte traumática a peça lida com a terceirização de responsabilidades e de como essas representatividades interferem na boa condução das questões. Toda a ação se desenrola na casa onde mora o patriarca, local que é foco de uma disputa pela posse, revelando interesses divergentes entre as partes. Conflitos inesperados emergem a partir desse encontro. Com o passar do tempo, as relações entre pai e seus filhos – representados – se revelam aos espectadores cada vez mais límpidas e latentes.

– O espetáculo narra uma relação “familiar” por uma perspectiva diferente. Através das representatividades discutimos o quanto nós hoje na contemporaneidade terceirizamos nossas relações –, comenta o diretor Paulo Verlings, também responsável pelo argumento e idealização da peça. – Atravessamos questões como culpa, ausência de diálogo e afeto, a partir de um acontecimento trágico.
A expressão “Pá de Cal” quer dizer que fará uma última referência a um assunto não prazeroso. Já “Ray-lux” se refere ao nome de uma urna funerária tão cara, que custa o preço de um automóvel.
Para a escalação do elenco a Cia Teatro Independente pensou em arquétipos bem distintos para formar um elenco brasileiro, com muitas diversidades, personagens reais, pessoas críveis.
Ficha técnica
Dramaturgia: Jô Bilac
Direção: Paulo Verlings
Diretora Assistente: Mariah Valeiras
Elenco: Carolina Pismel, Isaac Bernat, Orlando Caldeira, Pedro Henrique França e Ruth Mariana
Cenário: Mina Quental
Figurinos: Karen Brusttolin
Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni
Trilha Sonora: Rodrigo Marçal
Direção de Movimento: Toni Rodrigues
Programação Visual: André Senna
Fotos de Divulgação: Paula Kossatz
Direção de Produção: Jéssica Santiago
Argumento e Idealização: Paulo Verlings
Realização: Teatro Independente e 9 Meses Produções
Serviço
Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro
Informações: 21 3808-2020
Temporada: 2 de dezembro a 21 de dezembro de 2020
Apresentações: Quintas, sextas e sábados, às 18h, e domingos, às 17h.
Valor do ingresso: R$ 30 (inteira) e R$15 (meia entrada)
VENDAS EXCLUSIVAS PELO SITE www.eventim.com.br
Não recomendado para menores de 14 anos
Capacidade de público: 76 lugares
Duração: 70 minutos
UM PEQUENO GIRO
Maratona Virtual terá 2º edição nos dias 21 e 22 de novembro

A arte e cultura estão on-line, chegando cada vez mais perto do público e quebrando as barreiras geográficas. Foi pensando nisso e aliando inovação, criatividade e tecnologia, que a Maratona Virtual terá a sua segunda edição nos dias 21 e 22 de novembro, com a participação de artistas catarinenses e convidados nacionais.
Serão 24h de programação on-line contemplando as mais diferentes manifestações culturais e para todas as faixas etárias, levando arte, diversão e entretenimento para milhares de casas. Uma das novidades da edição é a realização de Mostras temáticas que reunirão artistas convidados em segmentos como música, cinema e teatro. São elas: Mostra Infantil de Videoclipes; Mostra de Cenas Teatrais; Mostra 30 na Música; e Mostra de Videoclipes Catarinense.
A Maratona Virtual é um novo formato para a tradicional Maratona Cultural de Florianópolis que não será realizada em 2020 em respeito à medidas de contenção à contaminação pela Covid-19. “A arte é essencial para o nosso dia a dia e nosso bem-estar e, no contexto atual, nosso objetivo em migrar para o on-line é capitalizar ainda mais a produção artística e cultural, divertindo nosso público e ainda apoiando e fomentando o trabalho dos artistas participantes”, destaca Paula Borges, presidente do Instituto Maratona Cultural.
Atração presente em todas as 8 edições da Maratona Cultural de Florianópolis, a banda catarinense Dazaranha é presença garantida na Maratona Virtual e se apresenta no sábado (21), às 18h. Ainda falando de música catarinense, a “Batalhas de Banda Brocave / Rifferama” reunirá as bandas Curupira, Marina Radio Clube, Sociat e Budang. Indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa, a cantora paulistana
Mariana Aydar (foto) apresenta seu show “Veia Nordestina”, no domingo (22), às 19h.
Os Doidivanas em várias plataformas

As extravagâncias e imprudências de um casal de meia idade, que preferiu ocupar o tempo bisbilhotando a vida alheia, serviram de fundamento à produção da primeira série de podcasts realizada pelo Polo Artístico-Cultural (PoloAC), um coletivo de pesquisa das artes cênicas de Campinas/SP. Izilda e Zoroastro vivem na Vila das Mercês e parecem não aceitar as mudanças impostas pela sociedade.
Na primeira temporada, a série de podcasts conta com 13 episódios – criados entre agosto e outubro –, com média de oito minutos de duração. Os temas abordados tratam especificamente sobre as experiências vivenciadas pelo casal de meia idade – na verdade, ambos já ultrapassaram os 65 anos –, que simplesmente decidiu ignorar todos os acordos de convivência (mas com bom humor).
Izilda e Zoroastro são o resultado do projeto de pesquisa das artes cênicas desenvolvido no início deste ano pelos res e produtores Anselmo Dequero (Zoroastro) e Kate Dias (Izilda) visando à construção de um espetáculo cômico – sem data prevista de estreia –, conforme linha de atuação definida pelo PoloAC. Para ampliar o projeto, no entanto, decidiram migrar para plataformas alternativas.
“No início, procuramos uma alternativa com o intuito de testar o conteúdo produzido para o espetáculo. A intenção era saber qual a reação do público acerca dos temas propostos nos primeiros textos, também fundamentados num trabalho de observação. Com isso, conseguimos chegar a um resultado que têm se demonstrado bastante interessante e divertido aos ouvintes”, disse Anselmo Dequero.
Segundo o ator, apesar de o tema parecer comum, a abordagem realizada em “Os Doidivanas” confere às personagens um caráter bastante lúdico, e por vezes até ingênuo, frente às diversas mudanças (principalmente comportamentais) que estão ocorrendo em nível mundial. “Toda esta vivência garante o entretenimento e a diversão que defendemos em nosso projeto artístico”, complementou.
Os 13 episódios produzidos para a primeira temporada de “Os Doidivanas” estão hospedados em anchor.fm/poloac – plataforma internacional de hospedagem e distribuição de conteúdo. Além disso, o conteúdo do PoloAC também está disponível em outras plataformas de podcasts, como Apple Podcast, Breaker, Castbox, Google Podcast, Overcast, PocketCast, RadioPublic, Spotify e TuneIn.
Ateliê Dramaturgia em Companhia
Partindo da experiência em processos criativos desenvolvidos coletivamente, tanto em companhias de teatro, salas de roteiro de televisão e em equipes de roteiro de cinema, Jô Bilac coordena o ateliê Dramaturgia em Companhia, que acontece nos dias 28 e 29 de novembro, sábado e domingo, das 14 às 17h. O módulo integra o projeto Uma Dramaturgia do CPT_SESC, que oferece oficinas de escrita gratuitas. O ateliê será ministrado em formato online, por meio da plataforma Teams – as inscrições podem ser feitas a partir do dia 24 de novembro, terça-feira, às 14h em sescsp.org.br/cptsesc.
“O curso é uma imersão nos processos criativos que partem da parceria. A narrativa coletiva, as companhias de teatro, os coletivos, a parceria em dupla, as diferentes ferramentas para dinâmica dramatúrgica serão alguns dos assuntos que estarão presentes nos dias da oficina”, antecipa Jô.
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